quinta-feira, 9 de junho de 2011

PM's e advogado são denunciados pelo MP por morte de jovem na BA

Sete policiais militares e um advogado foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia suspeitos da morte do adolescente Danilo Uillian Carvalho de Oliveira, em janeiro de 2011, no município de Caetité, a 757 Km de Salvador. Segundo a polícia, a vítima foi morta após uma perseguição policial.
De acordo com o MP, o promotor de Justiça Anderson Freitas de Cerqueira, denunciou os suspeitos à Vara Crime da comarca por homicídio qualificado e pediu a suspensão da função pública dos policiais militares envolvidos no crime. O advogado foi denunciado por homicídio culposo por estar dirigindo o carro durante a perseguição que foi definida pelo promotor como desastrosa.

Entenda o casoSegundo o MP, a vítima estava acompanha de um amigo. Os dois fugiram de uma abordagem policial no município de Igaporã, e seguiram de carro até Caetité. Avisados pelos PMs de Igaporã, os policiais militares envolvidos na ação montaram uma barreira na altura de um local conhecido como Trevo do Brás, nas imediações de Caetité, mas Danilo, que estava dirigindo o veículo, furou o bloqueio policial e seguiu para o centro da cidade. A PM começou uma perseguição pelas ruas do município.
A guarnição policial perdeu o veículo de Danilo de vista, quando ele retornou à BR-030, no sentido da cidade de Guanambi. Segundo o promotor, foi neste momento que o advogado envolvido na perseguição entrou na ação. Ele percebeu a operação policial e começou a perseguir o carro conduzido pelo adolescente e acabou batendo no fundo do carro de Danilo, que sofreu traumatismo raquimedular na coluna, mas mesmo assim saiu andando junto com o amigo e fugiram a pé. Eles foram alcançados e rendidos pelos policiais. Segundo o Ministério Público, os policiais algemaram e colocaram os detidos no chão, fizeram uma revista neles começaram a espancá-los.
As vítimas foram colocadas no camburão da viatura da PM, quando outros policiais que estavam de folga, segundo o promotor, chegaram ao local à paisana e também participaram do espancamento. Por causa do espancamento, Danilo Uillian Carvalho de Oliveira teve traumatismo raquimedular completo na coluna e morreu. O amigo dele teve lesões corporais, mas sobreviveu.
Na denúncia, o promotor de Justiça sustenta que o advogado contribuiu para a morte da vítima Danilo Uillian, por imprudência e imperícia, ao participar da perseguição, sem dispor de habilidade técnica para tanto. Já os sete policiais militares, segundo o representante do MP, além de assumirem o risco de produzir a morte da vítima cometeram fraude processual por terem modificado o estado do local do crime e dos veículos envolvidos no acidente.
Um dos policiais é acusado pelo MP de coação processual contra a outra vítima, com o objetivo de fazê-lo omitir, em seu depoimento na delegacia de polícia, fatos incriminadores contra os policiais.

PM ajuda em parto em ponto de ônibus e diz que mãe ficou apavorada

Dois policiais militares ajudaram no parto do segundo filho de uma jovem de 19 anos, realizado na manhã desta quinta-feira (9) em um ponto de ônibus da Leopoldina, Zona Portuária do Rio. Segundo o cabo Renato de Assis, do 4º BPM (São Cristóvão), quando eles chegaram um sargento do Quartel Central do Corpo de Bombeiros já estava realizando o parto.
“Ela estava apavorada, tinha sangue para todo lado, ela estava sentindo dor, o neném estava chorando muito, mas ela estava bem, lúcida, conversando”, contou Assis.
O policial informou que mãe e filho passam bem. A jovem foi encaminhada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Em seguida, foi transferida para o Hospital Maternidade, na Praça XV.
Segundo ele, o bombeiro que estava a caminho do trabalho teria descido de uma van quando avistou uma mulher passando mal no ponto de ônibus. Os PMs foram avisados por pedestres. “Quando chegamos, ela estava semi-despida e o sargento a estava ajudando. O parto foi quase espontâneo”, disse o PM.
Ele contou ainda que a jovem estava acompanhada de uma tia e da primeira filha, de 3 anos. De acordo com a polícia, a jovem estava indo ao médico. Essa foi a primeira vez que o cabo Assis presenciou um parto na rua.
“É gratificante, é um serviço atípico, é bom, ela e o bebê estavam bem”, resumiu ele.